Se a questão de comer ou não comer chega a surgir na cabeça da pessoa, trata-se de um sinal seguro de que o desejo de comer provém de um sentimento de desesperação.
Para responder esta questão a pessoa pode buscar diferentes justificativas para encontrar sua resposta, pode jogar a culpa do hábito ao tédio, o que so reflete um problema maior do que a pessoa está disposta a reconhecer.
Para muitos a comida funciona como sedativo, temporariamente traz sossego para a inquietação, e alivia a ansiedade. E isso as vezes acontece desde cedo, muitos pais oferecem alimentos aos seus filhos com este propósito. É comum ver uma criança com birra, ou exigente, receber algo para comer de modo a apaziguar sua irritabilidade.
A comida pode, portanto, estar carregada de significados outros que não a satisfação da fome. Frases e pensamentos associados ao ato de comer: comer é a afirmação das funções básicas da vida, exceto comer, comer é meu único prazer, tenho medo de sentir fome, comer é minha resposta ao sentimento de perda, comer é uma negação da minha sexualidade, etc.
A comida é sempre um símbolo da mãe, uma vez que a mãe é a primeira fornecedora. As mães aceitam essa relação simbólica quando tomam a recusa da criança em comer como uma rejeição de caráter pessoal. Da mesma maneira, algumas mães obtém uma satisfação pessoal, quando a criança come, como se o fato desta comer fosse uma expressão de amor e respeito pela mãe.
Muito cedo na vida da maioria das crianças, a comida passa a ser identificada com amor.
Comer tornar-se uma expressão de amor, não comer, uma manifestação de rebeldia. Com muita frequência a criança percebe que não comer é uma forma de revide a uma mãe obsessiva. Muitas pessoas passam por muitas experiências nas quais seus gostos e desgostos pessoais com respeito a comida são completamente ignorados ou tratados como reações negativas. e para sobreviver estas pessoas dominam a rebeldia, se submetem para sobreviver. Em suas mentes, a comida ainda retem a identificação original com o amor e com a mãe. Rejeitar a comida é o mesmo que negar a necessidade que tem da mãe e, portanto, sustentar-se sobre seus próprios pés como pessoa.
E muitas destas pessoas têm dificuldade de assumir um compromisso com a maturidade e a vida adulta, se tornam incapazes de criar raízes e ficam aterrorizadas com a possibilidade de serem eliminadas e expressam tudo isto no ato de comer. Ao expressarem estas idéias a respeito do significado da comida evidenciam as distorções dos seus verdadeiros sentimentos. O hábito de comer compulsivo é um ato de auto-destruição e, não um gesto de “cuidar” de si mesmas. E muitas vezes ao comerem mais do que devem ou podem sentem-se culpadas e desesperadas. O que fica claro que não há prazer real neste ato. Comer só faz sentido para estas pessoas quando aplacava a tensão. Muitas destas pessoas não sentem fome, fome de comida. Em um sentido mais profundo elas estão famintas: famintas de amor, de prazer, de vida. Com certeza se estas pessoas acreditassem serem capazes de satisfazer essas vontades, diminuiriam a compulsão pela comida.
Para entender esse círculo que se forma e rompê-lo se faz necessário algumas ferramentas, alguns métodos, sessões de Análises Bioenergéticas são libertadoras e curativas.
Uma dica de leitura é o livro Você tem Fome de quê? de autoria do Deepak Chopra, veja aqui.