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A sabedoria acompanha a humanidade desde os primórdios. Nosso organismo e nosso corpo sabe como se auto-regular, sabe como combater as doenças e como fluir energeticamente saudável. No entanto, no processo do desenvolvimento, desde a infância, somos condicionados a reprimir emoções (movimentos do corpo) e instintivamente aprendemos a suprimir a respiração, como forma de estancar nossas emoções, principalmente aquelas que achamos que não damos conta de vivenciar.

Wilhelm Reich em sua pesquisa demonstrou que a qualidade respiratória é diretamente proporcional à saúde (sem dividir corpo e mente, somos um todo). Alexander Lowen, criador da BioEnergética, insistiu que a pobre respiração, aliada às couraças musculares (bloqueios emocionais instalados no corpo) são as principais origens de nossas enfermidades.

Há milhares de anos tradições como o Yoga, Tai chi chuan, meditação e outras práticas libertadoras insistem no contato com o corpo, na união da mente com o corpo e no foco centrado na respiração como caminho de auto-conhecimento e espiritualidade.

Inspire profundamente, expandindo a barriga. Faça uma breve pausa e em seguida solte o ar bem devagar. Repita esse procedimento 5 vezes. Parabéns. Você acabou de acalmar o seu sistema nervoso.

Está cada vez mais provado que a respiração controlada, como essa que você praticou mediagora, reduz o estresse, aumenta o estado de alerta e melhora o sistema imunológico. Por séculos, os yogis vêm usando técnicas de controle da respiração, ou pranayamas, para promover a concentração e melhorar a vitalidade.

Estudos descobriram, por exemplo, que as práticas de respiração podem ajudar a reduzir os sintomas associados com a ansiedade, a insônia, o transtorno de estresse pós-traumático, a depressão e o déficit de atenção.

A maneira como a respiração controlada promove a cura é smpre um motivo de estudo científico. Uma teoria é que ela pode mudar a resposta do sistema nervoso autônomo do corpo, que controla processos inconscientes como a frequência cardíaca e a digestão, assim como a resposta do corpo ao estresse, explica Richard Brown, professor clínico associado de Psiquiatria da Universidade de Colúmbia e coautor de “The Healing Power of the Breath” (O Poder de Cura da Respiração).

Mudar conscientemente a maneira como você respira parece mandar sinais para o cérebro ajustar o ramo parassimpático do sistema nervoso, que pode diminuir a frequência cardíaca e a velocidade da digestão e promover uma sensação de calma, e também do sistema simpático, que controla a liberação de hormônios do estresse como o cortisol.

Muitas doenças, como a ansiedade e a depressão, são desencadeadas ou agravadas pelo estresse. “Já vi pacientes transformados depois de adotar práticas regulares de respiração”, conta Brown e complementa afirmando “Quando você respira de maneira lenta e constante, seu cérebro recebe a mensagem de que está tudo bem e ativa a resposta parassimpática. Quando você respira de maneira curta e rápida ou segura a respiração, a resposta simpática é ativada.

Chris Streeter, professora associada de Psiquiatria e Neurologia da Universidade de Boston, recentemente completou um pequeno estudo no qual mediu os efeitos da prática diária de yoga e respiração controlada em pessoas com diagnóstico de depressão grave.

Depois de 12 semanas de yoga e técnicas de respiração adequadas, os sintomas de depressão dos participantes diminuíram significativamente e seus níveis de ácido gama-aminobutírico, uma substância química do cérebro que possui efeitos calmantes e que controlam a ansiedade, aumentou.

A pesquisa foi apresentada em maio no Congresso Internacional de Medicina e Saúde Integrativa em Las Vegas. “Os resultados nos deixaram empolgados. Eles mostram que uma intervenção comportamental pode ter efeitos de magnitude semelhante a um antidepressivo.”

Fonte: The New York Times

Aprenda três exercícios básicos, sugeridos pelo Gilberto Schulz, para você fazer por conta própria e experimentar seus efeitos. Realize as propostas com bom senso.

Respiração calmante | Adhama Pranayama

adhma pranayama respiração diafragmática

  1. Apoie as mãos sobre o abdômen, em cima do umbigo, para levar a consciência para a musculatura abdominal e sentir sua relação com os movimentos do diafragma durante a respiração.
  2. Inicialmente não tente fazer nada, apenas observe a respiração do jeito que ela estiver, inspirando e expirando somente pelas narinas. Faça isso por 10 respirações que estarão acontecendo sem o seu comando.
  3. Então, sem esforço excessivo, você vai assumir o processo respiratório. Quando estiver esvaziando os pulmões, procure sugar um pouquinho mais a barriga, contraindo o ventre. Em seguida, inspire com calma relaxando conscientemente o abdômen, permitindo sua expansão.
  4. Prossiga respirando dessa forma, na expiração contraia e recolha o abdômen e na inspiração, relaxe e permita sua expansão.Faça no mínimo 20 ciclos respiratórios e para aprofundar o efeito relaxante, ao invés da contagem, acompanhe a respiração dizendo mentalmente para si mesmo: “estou inspirando” durante a entrada do ar, e na saída, “estou expirando”.

Respiração “antidepressiva” | Kapalabhati

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  1. Inspire lentamente pelas narinas relaxando o abdômen de maneira que o umbigo se projete à frente a medida que o ar entra nos pulmões.
  2. Em seguida, expire de uma vez só, expulsando todo o ar pelas narinas, puxando o umbigo pra dentro.
  3. Após essa expiração vigorosa, já inicie a próxima inspiração lenta seguida da próxima expiração vigorosa e assim sucessivamente.Evite tensionar os músculos do rosto durante a expiração. você expulsa o ar com o diafragma auxiliado pela leve contração abdominal e não franzindo a testa e o nariz!
    Comece fazendo 10 expirações vigorosas. Descanse um pouco, então faça mais um ciclo de 10 expirações.

Respiração meditativa | Samavritti Pranayama

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  1. Sente-se com a coluna confortavelmente ereta seja com as pernas cruzadas apoiando o quadril sobre uma almofada ou numa cadeira, apoiando os pés no chão.
  2. Observe a respiração acontecendo livremente por alguns instantes.
  3. Progressivamente alongue a entrada e a saída do ar sem contar o tempo.
  4. Encontrando uma forma de respirar profunda e agradável, conte o tempo da próxima entrada de ar nos pulmões.
  5. Guarde o ar nos pulmões o mesmo tempo.
  6. Esvazie no mesmo tempo.
  7. Fique com os pulmões vazios pelo mesmo tempo.
    Verifique se esse tempo não está causando nenhum tipo de perturbação na sua mente ou fisiologia. Se estiver, ajuste-o para menos. Sugiro que faça primeiro 5 quadrados. Sentindo-se bem passe para 10 quadrados.

Elias Minasi