Descobertas Reichianas que podem mudar o mundo
As emoções são fenômenos biológicos. A possibilidade de sentir e expressar as emoções de forma consciente está relacionada com o movimento livre da energia em nosso organismo. Da mesma maneira, a sexualidade natural é um fenômeno biológico e energético caracterizado pelo fluxo e pelo movimento.
Wilhelm Reich descobriu que a sexualidade natural e a expressividade emocional possuem uma importante função em nosso organismo: a autorregulação energética. Assim podemos nomear o processo espontâneo de conexão de cada indivíduo com seus ritmos naturais, com o fluxo e a pulsação da energia que, ocorrendo livremente, promovem a autocura e o equilíbrio dinâmico que caracterizam a saúde.
O orgasmo, em especial, é o principal mecanismo de autorregulação do organismo. Isso porque sua função é promover a liberação prazerosa do excedente de energia que se acumula em nossos corpos, reduzindo o nível de tensão corporal, promovendo relaxamento e sendo um meio de expressão do amor.
Deste modo, podemos dizer que os seres vivos possuem um metabolismo energético, caracterizado pela entrada e saída – carga e descarga – de energia, as quais acontecem de diversas maneiras. Como exemplos de atividades de carga energética podemos mencionar a respiração e a nutrição. Já a descarga de energia acontece por meio da expressão emocional, atividades físicas e sexualidade, por exemplo. Quanto mais esse metabolismo funcione de forma fluida e natural, mais saudável e menos neurótico está um organismo.
No entanto, quando o enrijecimento do organismo com a finalidade de repressão e contenção (isto é, o encouraçamento) passa a governar o metabolismo da energia e as funções emocionais e sexuais, ocorre a dessensibilização do corpo junto com a diminuição da capacidade respiratória e do contato do indivíduo com a realidade. Este último passa a perceber menos a si mesmo e o ambiente ao redor, tendo menos capacidade de se conectar afetivamente e de sentir seu pertencimento ao mundo.
O encouraçamento, quando se transforma em um modo de vida, contraria o funcionamento biológico natural, que é marcado pelo livre fluxo de carga e descarga das correntes energéticas.
Os sintomas que desenvolvemos – tais como enxaquecas, insônia, alergias, etc – as doenças crônicas e os comportamentos violentos das pessoas – fenômenos tão comuns atualmente – estariam relacionados a esse estado de alteração do funcionamento espontâneo do organismo, marcado pelo enrijecimento, pela repressão, pela tensão e pela insatisfação sexual.
Reich observou que a contenção e a paralisação da energia corporal, se perpetuada no tempo, também gera ansiedade em maior ou menor grau, da mesma forma que a possibilidade de livre fluxo e expressão biossexual num organismo é um processo acompanhado da sensação de prazer.
Ele descobriu que o encouraçamento distorce e corrompe seriamente o funcionamento biologicamente natural de nosso organismo, gerando uma espécie de degeneração que pode evoluir para as chamadas biopatias. Estas últimas podem ser definidas como alterações permanentes e patológicas da forma natural e espontânea dos processos vitais, que geram a desorganização e consequente aniquilação do organismo. Seu mecanismo central é a perturbação da descarga da excitação sexual.
O exemplo mais dramático de uma biopatia é o câncer. Essa doença foi extensamente analisada por Reich no livro intitulado A Biopatia do Câncer. Simplificadamente, ele dirá que o processo do câncer está relacionado a um encolhimento global do organismo, marcado pela contração diafragmática, que facilita uma oxigenação deficiente e o aumento da acidez no corpo pelo excesso de gás carbônico (condição presente no bloqueio inspiratório da respiração, quando o paciente tem dificuldade de relaxar o diafragma e exalar).
A biopatia carcinomatosa se desenvolve em três fases. A primeira é a contração, ou, em outras palavras, a incapacidade crônica para a expansão. Ela se manifesta psiquicamente como resignação e corporalmente como enrijecimento muscular, palidez, debilidade para obter carga energética e satisfação orgástica. A segunda fase seria o encolhimento, marcado pela perda de massa corporal, diminuição dos glóbulos vermelhos e perda de resistência física. A terceira fase é a da putrefação, caracterizada pela perda de carga energética das células e tecidos, transformação do material canceroso em matéria pútrida e finalmente a morte.
Reich dirá que o tumor não é a causa do câncer, e sim uma de suas consequências. O câncer é, principalmente, o processo global de encolhimento do organismo, o coroamento mórbido do encouraçamento.
Quando passamos a funcionar de um modo antinatural, adquirimos corpos que adoecem justamente porque seus mecanismos de “autocura”, de manutenção do equilíbrio e da saúde estão prejudicados pelo enrijecimento.
Artigo de Mariana Barbieri, publicado no site Brasil de Fato
]]>“A carga de energia (organótica) dos tecidos celulares do sangue determina o grau de suscetibilidade para infecção ou disposição para doenças”.
Wilhelm Reich
No século passado, o cientista natural Wilhelm Reich descobriu em suas pesquisas clínicas e laboratoriais a existência da Energia Orgone, que está presente em tudo e todos, mas com maior manifestação nos seres vivos. E que a nossa capacidade em absorver e reter o Orgone é quem nos mantem saudáveis e os bloqueios a esta energia em nosso corpo nos adoece.
Para auxiliar no tratamento das pessoas que possuem dificuldades em reter e fluir a energia no organismo ele desenvolveu o Acumulador de Orgone ou conhecida como Caixa Orgônica, que funciona como uma bateria de recarga de energia vital (orgônio), simplificando.
No próximo dia 14/02/20 teremos a oportunidade de conhecer a CAIXA ORGONICA e escutar sobre no evento “Apresentação do Relatório de Orgonoterapia”, com Paulo Borges, que é Psicologo e atua como Orgonoterapeuta em Recife.
O que a infância tem a ver com isso?
Reich, seguindo a teoria psicanalista de Freud, demonstrou que as nossas couraças musculares e caracteriais são criadas e desenvolvidas em nossa infância. Nos dias atuais a Neurociência já possui estudos científicos ratificando a ontogenia dos principais problemas psicológicos. Existe uma base biológica ou energética, segundo os conceitos reichianos, no entanto, podemos chamá-la de pré-disposição, o que significa que poderá ser ativada ou não, dependendo da quantidade afeto e liberdade em nossa tenra infância.
Reich amplia o conceito psicanalitico do desenvolvimento infantil incluindo também o período de concepção e gestacional como motor de surgimento de biopatias e outras manifestações do desequilíbrio energético no processo do individuo.
Não é uma questão de sorte ou de fatalismo, mas de afeto e amor. O casal de amantes durante o abraço genital carregam em si energia, temperamento, emoção e encouraçamento. Esta combinação durante a fecundação produzirá o que Federico Navarro denominou de campos energéticos. Esta influência diretamente relacionada à concepção e desenvolvimento intra-uterino influenciará o temperamento e a gestão energética que o individuo terá durante toda a sua existência, podendo colocá-lo mais susceptível a processos de somatização ou biopatias.
Reich falava sobre flexibilização das couraças neuróticas ou a possibilidade de criar couraças em psicóticos. O que nos impede de ter uma livre circulação energética não é a couraça em si, mas a sua rigidez ou tensão. No mundo em que vivemos é impossível existir sem ter couraças, mas estas, podem ser flexíveis, que podemos usar quando julgarmos necessários. O problema é que na infância, por conta da completa falta de defesa ante à sistemática agressão por nosso conjunto familiar, não pudemos manter nosso Eu intacto, senão criando couraças musculares rígidas ou incompletas.
Então, fomos criando estruturas psico-física-energéticas completamente inequivocadas, que muitas vezes nos leva à compulsão, controle, masoquismo, raiva ou histeria para a defesa de nosso Eu mais profundo, uma vez que fomos feridos no Amor. Enquanto esperávamos um Amor que nos fizesse crescer e nos tornar independentes e amorosos, encontramos um “amor” falso, deturpado, enganador, controlador, etc. Essa ferida chamada Edípica, nos impediu de experimentar o Amor que liberta.
Feridos, passamos a nos ferir e a ferir os outros, como forma de perpetuar este “falso amor”.
Não temos nada além do amor.
Rumi
Não temos antes, princípio nem fim.
A alma grita e geme dentro de nós:
– Louco, é assim o amor.
Colhe-me, colhe-me, colhe-me!
Neste processo da busca do que chamamos Amor, que é nossa própria identidade, nosso Eu, ativamos as couraças criadas na experiência da infância e vamos nos afastando de nossa Essência e, então, adoecemos. Adoecemos por falta do Amor. O Amor que buscamos em nossa família de origem e que não foi capaz de nos dar, apenas um perfume falsificado daquilo que era Essência. As doenças vamos dando nome diversos, como arritmias, enxaquecas, gastrites, bursites, impotências; ou medos, ansiedades, raivas, tristezas, depressões, e por ai vai.
A pergunta que fica é como flexibilizar todas as couraças que foram instaladas em nosso corpo, mente sobre nossa verdadeira natureza e nosso Eu? A resposta é apenas uma: movendo-se. Saindo do lugar onde nos encontramos e partir ao encontro das dores, das enfermidades, do “inferno” instalado em nosso corpo e mente por conta da contaminação deste “Falso Amor”. Precisamos sempre ter em mente que o estado em que chegamos levou uma vida toda, então o processo da volta, vai levar um chão. Como disse Geraldo Vandré:
]]>Vem vamos embora que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
A maioria de nossos problemas acontecem ou se manifestam em camadas interiores que não vemos ou nem prestamos atenção.
Superficialmente, podemos ver um mundo com borboletas, arco-íris e de olhos esbugalhados, como quem enxerga uma realidade distinta, conosco e com o outro.
Integrando em nosso corpo, reconhecendo as couraças (bloqueios energéticos) que se formaram pela incapacidade de nossa criança em resolver dentro de si os conflitos entre ser ela mesma e sentir-se amada pelo papai e pela mamãe.
O passado é uma roupa que já não nos serve mais. ” Belchior
Em minha vida, de meus amigos e pacientes tenho encontrado esses medos dispostos de forma que o corpo ganha até formatos diferentes: pescoço endurecido para ganhar poder; dores de cabeça por não aceitar a raiva; constipações intestinais pelo medo do desconhecido; dificuldades respiratórias pelo controle das emoções. O pior é não ter a consciência dos mecanismos corporais que usamos para lidar com as realidades que se nos apresentam, com uma forma apreendida na infância e que hoje, não cabe mais, feito uma roupa que guardamos e insistimos em vestir, após décadas.
Você às vezes também tem medo do que está guardado dentro de você? Como faz quando uma doença ou uma dificuldade surge diante de você?
As Couraças musculares podem atingir órgãos e provocar um estado de contração no corpo, produzindo manifestações psico-somáticas. Em última instância, o corpo se contrai até atingir estados crônicos e produzir doenças, por falta de flexibilização das mesmas.
Wilhelm Reich foi um dos que mais contribuiu para o desenvolvimento das ciências da mente-corpo do início do século XX, sendo reconhecido como o principal motor deste tipo de investigação científica no Ocidente até a década de 40. Reich propôs um modelo da condição humana, que postulou uma teoria da energia como sendo uma componente fundamental de toda a matéria e espaço, um conceito que ele chama de energia “orgone”.
Reich afirmou que desenvolvemos uma couraça muscular que bloqueia a nossa energia. Ele afirmou que “Blindagem é a condição que ocorre quando a energia é ligada pela contração muscular e não flui através do corpo” (Reich: 1936). Ele verificou que existia blindagem de carácter que ele definiu como “a soma total das atitudes típicas de caráter, que um indivíduo desenvolve como um bloqueio contra a sua excitação emocional, resultando em rigidez no corpo e falta de contato emocional”. Ele definiu a couraça muscular como “a soma total de musculares (espasmos musculares crónicos) que um indivíduo desenvolve como um bloco contra a irrupção de emoções e sensações de órgão, particularmente ansiedade, raiva e excitação sexual” (Reich: 1936).
“Blindagem é a condição que ocorre quando a energia é ligada pela contração muscular e não flui através do corpo” Wilhelm Reich.
Alexander Lowen, que era um associado de Reich, resumiu esse efeito global: “o carácter do indivíduo como ele se manifesta no seu padrão típico de comportamento, também é retratado ao nível somático pela forma e o movimento do corpo. A expressão corporal é a visão somática da expressão emocional típica que é vista a nível psíquico como carácter. Defesas aparecem em ambas as dimensões, no corpo como couraça muscular.” (Lowen: 1976).
Reich estabeleceu então uma teoria de segmentação da blindagem para explicar como o corpo estabelece o seu equilíbrio psíquico. Nesta teoria falamos de sete segmentos do corpo onde existem tensões ou se desenvolve blindagem muscular, e onde as contrações segmentares são perpendiculares ao fluxo de força vital ou energia orgone no corpo. Na verdade o conceito de Reich dos 7 segmentos também pode ser correlacionando ao sistema de 7 chakras da Filosofia Oriental, de muitas formas a premissa é basicamente a mesma da proposta pela filosofia oriental, mas colocada de uma forma ocidental, que tenta ser mais quantitativa e dedutiva.
Estes são os sete segmentos que foram delineados por Reich:
Esta teoria, fala de 5 caracteres primários. As características das cinco estruturas básicas de caráter arquetípico são resultados previsíveis com base nas teorias de blindagem de Reich, e dizem-nos muito sobre a história pessoal de uma pessoa já que está escrito no corpo.
Reich também delineou o conceito de um bloqueio realizado no corpo, que pode apresentar sinais físicos de manifestação. Bloqueios mostram frequentemente um dos 7 segmentos em excesso, descarga, tensão e sobrecarga.
Essa interação dos 7 segmentos constitui a etiologia das 5 estruturas de carácter primárias, que não são formadas de forma isolada um segmento, mas sim relacionam-se com a economia de energia e a regulação entre os segmentos.
Fonte: BlogDaBiosintese
Imagem: Waved dancer
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