autoconhecimento https://minasi.com.br Alcançando a integralidade através de terapia holística. Transforme sua vida através de aconselhamento personalizado e treinamento motivacional. Fri, 12 Nov 2021 13:46:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://i0.wp.com/minasi.com.br/wp-content/uploads/2024/09/cropped-MeuEuMelhor.png?fit=32%2C32&ssl=1 autoconhecimento https://minasi.com.br 32 32 103183256 O Corpo, um livro que esquecemos de ler. https://minasi.com.br/o-corpo-um-livro/ https://minasi.com.br/o-corpo-um-livro/#respond Fri, 12 Nov 2021 13:46:54 +0000 https://minasi.com.br/?p=2592

Natureza e cultura, instinto e moralidade, sexualidade e realização tornam-se incompatíveis, como resultado da cisão na estrutura humana. A unidade e congruência de cultura e natureza, trabalho e amor, moralidade e sexualidade — desejada desde tempos imemoriais — continuará a ser um sonho enquanto o homem continuar a condenar a exigência biológica da satisfação sexual natural (orgástica). A democracia verdadeira e a liberdade baseadas na consciência e responsabilidade estão também condenadas a permanecer como uma ilusão, até que essa exigência seja satisfeita. Uma sujeição sem remédio às condições sociais caóticas continuará a caracterizar a existência humana. Prevalecerá a destruição da vida pela educação coerciva e pela guerra.

A Função do Orgasmo – Wilhelm Reich

O corpo não é uma imagem do ser, mas a sua própria identidade. O corpo é como um livro que conta a história de vida, ou melhor, ele é um livro que conta uma história que envolve a própria vida e também dos antepassados. Sim!! Dentro da vida há a realidade das gerações anteriores, através do temperamento (herança genética), da intergeracinalidade e da transgeracionalidade. No entanto, as principais páginas e os capítulos que mais influenciam são as que foram escritas a partir da experiência na barriga das mães, na vivência dessa relação única, diferente, impactante e definitiva com os braços e o corpo da mãe ou pela sua falta.

Durante a vida pode-se procurar conhecer livros importantes para a vida religiosa, social, profissional, mas há muita dificuldade em ler o principal: o corpo que somos.

Por que isso acontece?

Os motivos podem ser diversos, segundo a cultura de família, mas eu poderia resumir em três grandes tomos: A cultura da sociedade ocidental; a cultura educacional na família primitiva; a cisão profunda que existe entre mente e corpo.

Vou explicar: Culturalmente, a sociedade ocidental tomou um caminho onde o corpo é um local de pecado, de sofrimento, de luxuria e portanto, precisa ser “domado”, submetido à razão. Ao partir para essa segmentação que aconteceu há alguns séculos, houve uma desidentificação com o corpo, se tornado uma “coisa” que temos que lidar, então, compramos, consumimos para refrear a fome dessa besta que existe em nós, como um animal que tem que ser saciado para não nos atacar. Consideramos sublime a arte a do pensar, do refletir, do estudar, de encher a mente com atividades “edificantes” e o corpo, domesticado é a carruagem do conhecimento, iluminado. De forma alguma considero o conhecimento banal, no entanto, separar, dividir, engavetar, especializar acaba por fazer com que percebamos a vida compartimentalizada. Então, o que “senso” (sentido dos sentidos) no corpo é sempre tido como aberração e precisa ser domesticado com medicamentos, ginástica, religião, etc…

Depois, as famílias, influenciadas por esta cisão cultural ocidental não sabem mais ensinar as crias sobre o que acontece no corpo. Mesmo em situações básicas como o choro de um bebê, uma dor ou uma necessidade ou desejo. As mães, cada dia mais, perdem a capacidade de estar ligadas às suas crias, primeiro pelo cordão umbilical, dentro de si, depois, por um cordão energético, psíquico e posteriormente pela espiritualidade. As mães não se sentem mais donas de suas gravidezes, de suas crias. Precisam de iluminação, precisam de conhecimento, precisam “se formar” uma mãe. Então, a cria cresce tendo que descobrir sozinha o próprio corpo, distante do “sensar”, as vezes cheio de culpa, raiva, tristeza e outras emoções das quais não tem sabe definir ou estão recalcadas. A família dificilmente se vê como um corpo, se vê como um objetivo, uma meta, uma conquista. Então como “sensar” o que acontece nas relações? Como “sensar” o que acontece nos desejos?

Por fim, essa cisão se instala no individuo, que não teve a oportunidade de vivenciar isso na sua relação objetal, primitiva com sua mãe, com a figura paterna, com a família e diante de uma sociedade que culturalmente quer explorar esse corpo para o consumo, separa, provoca uma cisão: O superior mental e o inferior corporal.

Assim, ao olhar para a sociedade atual pergunta-se de como chegamos a esse nível onde pessoas precisam juntar o lixo para se alimentar, pode-se fazer a retrospectiva dessa cisão, partindo de dentro e retroalimentando os motores sociais da injustiça e do poder.

O caminho de volta para casa – corpo não é um caminho fácil. Na maioria das vezes ainda pensamos que este caminho é um algo a se conquistar, adquirir, possuir, refletindo a cisão. Não! O caminho é algo como se tivéssemos que aprender a conexão perdida com nossa mãe e nossos antepassados, por ela. Por resgatar o “sensar”, ou seja, os sentidos que nos ligam ao animal, ao natural, sair do virtual, da fantasia, do corpo cindido, separado. Reaprender sua linguagem: dores, sentidos, emoções e então iniciar um diálogo interno, porque não se estará falando com algo, mas consigo.

Para este retorno vale elementos que nos façam recordar do livro que esquecemos na estante da biblioteca. Seu cheiro de páginas envelhecidas, o toque dos dedos em suas páginas escritas, o gosto no fundo da garganta ao se tocar os dedos na boca para passar as páginas, a respiração enquanto se absorve o conteúdo, a luz e as sombras que formam as figuras que interpretamos e acolhemos. Isso, fala da vida. Isso, fala de como foi experimentada essa vida. Isso, fala das relações mais primitivas. Então, emoções, sentimentos, “sensar” podem ser novamente consultadas no dicionário da árvore genealógica, interpretadas, vivenciadas e por fim “in-corpo-rada”. Quando se mescla a mente e o corpo começa a fazer sentido o aspecto energético e transcendente da vida.

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Você tem permissão… https://minasi.com.br/permissao/ https://minasi.com.br/permissao/#respond Wed, 19 Aug 2020 22:04:45 +0000 https://minasi.com.br/2020/08/permissao/ Você tem permissão para mudar de ideia.

Você tem permissão para se redefinir.

Você tem permissão para alterar e mudar seu caminho.

Você tem permissão para ser diferente.

Você tem permissão para parar de assumir funções que não lhe servem mais.

Você tem permissão para retornar aos velhos hábitos que você havia deixado para trás, mas que agora o servem novamente.

Você tem permissão para crescer e evoluir.

Você tem permissão para tentar muitas coisas até encontrar o que funciona para você.

Crescer e evoluir envolve uma transformação e, às vezes, seguir em frente no seu caminho significa parar de fazer as coisas da maneira que você fazia antes e tentar muitas coisas diferentes até encontrar o caminho que funciona para você nesta nova versão de si mesmo.

Você tem permissão para deixar de ser quem você era, se você não for mais essa pessoa.

A mudança é inerente à vida e, mesmo assim, muitas vezes nos parece que essa versão de nós mesmos tem que ser a definitiva.

Às vezes, nessa mudança, você pode perceber que precisa recuperar algo que deixou para trás e que também faz parte do processo.

Dar a si mesmo permissão para mudar pode ser um pouco assustador. Especialmente se os outros precisarem de você para ser quem você não é mais. Ou se a visão que você teve de si mesmo não condiz mais com a que você tem agora … ⁠

Quando nos damos permissão para mudar, nos abrimos para nos conectarmos com a nossa verdade, continuamente. E quando nos conectamos com nossa verdade (e permitimos que outros façam o mesmo), somos livres.

Quais partes de você não se encaixam mais ultimamente? ⁠

Quais histórias você contou a si mesmo não são mais verdadeiras? ⁠

Qual padrão não funciona mais para você? ⁠

Que papel você desempenha que gostaria de se repensar?

Que objetivo você tinha e não deseja mais alcançar? ⁠

De que forma você está mudando, crescendo e se transformando? ⁠

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A gratidão muda a estrutura molecular do cérebro https://minasi.com.br/a-gratidao-muda-a-estrutura-molecular-do-cerebro/ Sun, 24 Feb 2019 22:53:22 +0000 https://minasi.com.br/?p=1623 A gratidão é um sentimento engraçado. Em algumas partes do mundo, alguém que consiga uma copo de água limpa, um pouco de comida ou um par de sapatos desgastados pode se sentir extremamente grato. Enquanto isso, alguém que tenha todas as necessidades que precisa para viver pode ser encontrado reclamando de alguma coisa. O que temos Homem gratohoje é o que antes desejávamos, mas há uma crença persistente de que obter bens materiais é a chave para a felicidade. Claro, isso pode ser verdade, mas essa felicidade é temporária. A verdade é que a felicidade é um movimento de auto-conhecimento.

É uma questão de perspectiva, e em um mundo onde somos constantemente levados a sentir que está sempre nos faltando e sempre “querendo” mais, pode ser difícil alcançar ou experimentar a felicidade real. Muitos de nós estamos sempre buscando fatores externos para experimentar alegria e felicidade, quando na verdade tudo está relacionado ao auto-conhecimento. Isso é algo que a ciência está apenas começando a entender também, como mostram as pesquisas do Centro de Pesquisa de Conscientização da Consciência da UCLA. De acordo com eles:

Ter uma atitude de gratidão muda a estrutura molecular do cérebro, mantém o funcionamento da substância cinzenta e nos torna mais saudáveis ​​e felizes. Quando você sente a felicidade, o sistema nervoso central é afetado. Você é mais pacífico, menos reativo e menos resistente. Agora, esse é um jeito muito melhor de cuidar do seu bem-estar.

Há muitos estudos mostrando que as pessoas que contam suas bênçãos tendem a ser muito mais felizes e a experimentar menos depressão. Em um destes estudos, os pesquisadores recrutaram pessoas com dificuldades em sua saúde mental, incluindo algumas que sofrem de ansiedade e depressão. O estudo envolveu cerca de 300 adultos que foram divididos aleatoriamente em três grupos. Este estudo veio da Universidade da Califórnia, Berkeley.

Todos os grupos receberam serviços de aconselhamento, mas o primeiro grupo também foi instruído a escrever uma carta por semana de gratidão a outra pessoa, num período de três semanas, enquanto o segundo grupo foi solicitado a escrever seus pensamentos e sentimentos mais profundos sobre experiências negativas. O terceiro grupo não fez nenhuma atividade de escrita.

O que eles acharam? Em comparação com os participantes que escreveram sobre experiências negativas ou apenas receberam aconselhamento, aqueles que escreveram  cartas de gratidão  relataram uma saúde mental significativamente melhor por até 12 semanas após o término do exercício de escrita.

Isso, sugere que escrever sobre que somos gratos pode ser benéfico não apenas para indivíduos saudáveis ​​e bem ajustados, mas também para aqueles que lutam com problemas de saúde mental. Na verdade, ao contrário, a gratidão em receber aconselhamento psicológico traz maiores benefícios do que apenas o aconselhamento, mesmo quando essa prática de gratidão é breve. ( fonte )

Anteriormente, num estudo sobre gratidão conduzido por Robert A. Emmons, Ph.D. na Universidade da Califórnia, Davis e seu colega Mike McCullough, da Universidade de Miami, os pesquisadores designaram aleatoriamente três tarefas para os participantes. A cada semana, os participantes mantinham um pequeno diário. Um grupo descreveu cinco coisas pelas quais eles eram gratos por terem ocorrido na semana passada, outro grupo registrou problemas diários da semana anterior que os desagradou, e o grupo neutro foi solicitado a listar cinco eventos ou circunstâncias que os afetaram, sem se concentrar no positivo ou no negativo. Dez semanas depois, os participantes do grupo de gratidão se sentiram melhor com relação a suas vidas e ficaram 25% mais felizes do que o grupo problemático. Eles relataram menos queixas de saúde e praticaram exercícios numa média de 1,5 horas a mais. (fonte )

Pesquisadores de Berkeley identificaram como a gratidão pode realmente funcionar em nossas mentes e corpos. Eles forneceram quatro insights de sua pesquisa, sugerindo as causas dos benefícios psicológicos da gratidão.

  • A gratidão nos liberta das emoções tóxicas
  • A gratidão ajuda mesmo que você não compartilhe
  • Os benefícios da gratidão levam tempo e prática. Você pode não sentir isso imediatamente.
  • A gratidão tem efeitos duradouros no cérebro

imageA parte do cérebro é muito interessante. Os pesquisadores de Berkeley usaram um scanner de ressonância magnética para medir a atividade cerebral, enquanto as pessoas de cada grupo realizavam uma tarefa de “passe isso ao próximo”. Durante a tarefa, os participantes receberam dinheiro de uma “boa pessoa”. O único pedido dessa pessoa era que eles repassassem o dinheiro para alguém a quem se sentissem gratos.

Eles fizeram isso porque queriam distinguir entre ações motivadas por gratidão e ações impulsionadas por outras motivações como obrigação, culpa ou o que outras pessoas pensam. Isso é importante porque você não pode fingir gratidão, você realmente tem que sentir isso. Se você não se sentir grato ou praticar a tentativa de sentir-se grato tomando as medidas necessárias, como manter um diário de gratidão, talvez não experimente tanta alegria e felicidade.

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Em um mundo onde as emoções não são realmente ensinadas na escola e a importância é colocada na busca por notas altas, não é anormal ter dificuldade em sentir-se gratoIsso é especialmente compreensível se você foi criado no mundo ocidental, que é cheio de consumismo e competição, um mundo em que somos constantemente levados a sentir que nos falta, por isso precisamos lutar por mais.

Os participantes foram convidados a avaliar o quanto se sentiam gratos em relação à pessoa que lhes dava o dinheiro e quanto eles queriam retribuí-la através de uma causa de caridade, bem como a culpa que eles achavam que sentiriam se não ajudassem. Eles também receberam questionários para medir o quão gratos eles se sentiam em geral.

Descobrimos que, em todos os participantes, quando as pessoas se sentiam mais gratas, sua atividade cerebral era distinta da atividade cerebral relacionada à culpa e ao desejo de ajudar uma causa. Mais especificamente, descobrimos que quando as pessoas que geralmente são mais gratas a uma causa e doam mais dinheiro, apresentam maior sensibilidade neural no córtex pré-frontal medial, uma área do cérebro associada à aprendizagem e à tomada de decisões. Isso sugere que as pessoas que são mais gratas também estão mais atentas à forma como expressam gratidão.

O mais interessante é que, quando comparamos aqueles que escreveram as cartas de gratidão com aqueles que não o fizeram, os escritores de cartas de gratidão mostraram maior ativação no córtex pré-frontal medial, no scanner de ressonância magnética funcional, quando sentiram gratidão. Isso é surpreendente, pois esse efeito foi encontrado três meses após o início da redação da carta. Isso indica que simplesmente expressar gratidão pode ter efeitos duradouros no cérebro. Embora não conclusivo, este achado sugere que a prática da gratidão pode ajudar a treinar o cérebro a ser mais sensível à experiência de gratidão, e isso pode contribuir para melhorar a saúde mental ao longo do tempo.

Também é interessante notar que um estudo recente acabou de descobrir uma rede cerebral que “dá origem a sentimentos de gratidão. O estudo poderia estimular futuras investigações sobre como esses ‘blocos de construção’ transformam a informação social em emoções complexas.”  (Fonte).

Publicado no website colletive-evolution, com tradução livre.

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A Terapia Reichiana e o Eneagrama https://minasi.com.br/a-terapia-reichiana-e-o-eneagrama/ Sat, 15 Sep 2018 14:39:13 +0000 https://minasi.com.br/?p=1476 Muitas vezes sabemos qual é a causa da nossa dor emocional e no entanto, não encontramos uma maneira de fazer as mudanças necessárias para alcançar um dia-a-dia mais feliz. A Terapia Corporal e Eneagrama é um trabalho físico, emocional e energético adaptado à personalidade de cada um para conseguir uma profunda transformação que se reflete na convivência como casal e com outras pessoas.

Experiências corporais

O Eneagrama clássico – a teoria da personalidade desenvolvida Oscar Ichazo e o psicólogo Claudio Naranjo nas décadas de 1960 e 1970 – fornece uma estrutura de nove personalidades ou eneatipos, e cada um deles propõe experiências, práticas corporais e emocionais.

Estas experiências modificam a estrutura da couraça muscular que nos condicionam. Ao se livrar delas, as mudanças são possíveis na atitude e no modo de se relacionar com os outros.

Identificar a angústia da criança

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Conhecendo os outros

O conhecimento dos eneatipos serve para entender melhor a si mesmo e as pessoas ao seu redor. Mostra-nos como cada um trabalha e produz uma mudança de olhar, nos torna mais compassivos e empáticos nas relações com os outros.

De você para você

Terapia Corporal e Eneagrama serve para parar de olhar a si mesmos e aos outros com óculos simplistas, de modo que abandonamos o uso da culpa e das demandas e começamos a nos relacionar como iguais.

O que é Caráter?

Do ponto de vista do Eneagrama, o caráter de cada pessoa é uma estrutura que se desenvolve na infância para evitar ou se adaptar a uma série de situações que são dolorosas ou angustiantes. Esse caráter ou eneatipo finalmente se cristaliza no final da adolescência, quando a pessoa termina seu processo de crescimento psíquico, físico e emocional.

O problema da couraça.

couraC3A7a-reichMas o que desenvolvemos não é apenas uma série de idéias ou crenças mais ou menos precisas sobre si mesmo ou sobre o mundo.

Cada tipo é definido por uma cadeia de reações e bloqueios corporais crônicos que constituem uma couraça física e emocional autêntica, limitante e que permite apenas um único padrão de funcionamento e relação.

Sugador de energia.

Esta couraça nos protegeu durante a infância e ao mesmo tempo reduziu nossa energia disponível para a vida, já que uma grande parte é deslocada como supressor, para conter a angústia de possíveis desastres: falta de amor, abandono, rejeição, falta de atenção… A couraça é responsável por sensações de desprazer em nosso corpo e ela nos dá a impressão de tropeçar sempre na mesma pedra dentro do relacionamento.

Desenvolver o potencial

Quando nos tornamos adultos, temos a possibilidade de superar os padrões limitantes e liberar a energia necessária para continuar nosso crescimento. Pode-se afirmar que, se permanecermos estagnados ou fixados em nossa couraça corporal, deixamos de ter metade da energia para dedicar ao crescimento pessoal.

Da teoria à prática efetiva

Muitas pessoas ouviram falar do Eneagrama ou leram um livro e, por curiosidade, tentam incorporá-lo em sua vida, mas o vêem como um sistema semelhante ao horóscopo. Perguntas do tipo são perguntadas: que número eu sou, que número é meu parceiro ou como posso alterar o número ou o tipo, qual é o melhor?

Essas pessoas buscam um elemento transformador, pois sentem a insatisfação de viver “no copo meio vazio”. A vivência do Eneagrama no corpo propõe uma prática abrangente que amplia a capacidade de se conectar profundamente consigo mesmo e com os outros.

UM MÉTODO PARA TRANSFORMAR-SE

Algumas pessoas que conheceram o Eneagrama  em cursos ou Workshops, tanto teóricas quanto vivencias podem sair com convicções assim “Eu sou um 6 então eu já compreendo o que acontece comigo” ou na dúvida “não sei se eu sou um 2 ou um 4”, mas são ideias que os prendem mais em seu caráter. Na verdade, o objetivo do Eneagrama é a transformação. É uma ferramenta valiosa para saber qual caminho que uso para minhas neuroses. Mas também mostra como “deixar de sê-lo“. Se você se trás o Eneagrama para o corpo, e não apenas para o conhecimento e vontade, você embarca em um caminho de transformação pessoal.

Remova a tapa-olhos

O primeiro passo é entender que o número ou o eneatipo é uma maneira de se desconectar de si mesmo e se tornar um autômato. O segundo, é identificar qual é a couraça corporal do seu Eneatipo e começar a trabalhar para afrouxar, e o terceiro e último passo é ver quais aspectos emocionais devem ser desenvolvidos. O próximo desafio é trabalhar o Eneatipo nos relacionamento: é aí que os mecanismos automáticos são acionados e se perde o contato com a própria essência. Um bom exercício pode ser perceber o que exigimos do outro não-verbalmente. O que queremos da outra pessoa e não de nós ousamos dizer isso em voz alta?

No casal

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Foto por luizclas em Pexels.com

A Fixação no padrão faz com que os casais entrem em dinâmicas doentias. Pode parecer que tudo está indo bem, mas há uma distância física profunda ou uma desconexão emocional em relação às relações sexuais. Nesses casos, é onde a corporalidade do eneatipo mais age, que não é controlável e mostra a verdade de nosso caráter. É no mundo dos relacionamentos e do casal onde a Terapia Corporal e o Eneagrama é mais efetivo, pois amplia a capacidade de intimidade e liberação dos antigos comportamentos automáticos e, portanto, do medo da entrega e do contato real com o outro.

UM EXERCÍCIO PARA CADA ENEATIPO

Em uma sessão de Terapia Corporal e Eneagrama , a dinâmica e os exercícios estimulam a transformação que cada pessoa requer com base em seu caráter de base.

1. O perfeccionista
DESCRIÇÃO: procura o amor sendo perfeito. Muito autocrítico, meticuloso e rígido, tenta “ser bom”.
EXERCÍCIO: a pessoa se deita e o terapeuta que o ajuda gentilmente move os membros de maneira improvisada. Os movimentos devem ser suaves, mas desordenados e imprevisíveis. A pessoa deitada deve simplesmente se deixar fazer, com o corpo completamente solto e deixando as articulações livres.
2. O ajudador
DESCRIÇÃO: o amor aos outros é garantido oferecendo ajuda, mesmo que eles esqueçam suas próprias necessidades.
EXERCÍCIO: Como pessoas muito dependente dos outros, elas têm dificuldade em manter seu próprio eixo físico. A proposta consiste em andar com o olhar centrado em um ponto, com a coluna ereta e evitando muito balanço dos ombros e quadris. Mesmo que isso lhes custe, ajuda-os a centrar a atenção.
3. O empreendedor
DESCRIÇÃO: quer ganhar o amor dos outros através das realizações e da imagem.
EXERCÍCIO: são pessoas vigilantes que acham difícil relaxar. O exercício consiste em equilibrar a respiração: inspira-se contando 5 segundos, o ar é retido por mais 5 segundos, é exalado durante 5 segundos e o mesmo tempo é esperado antes de inspirar novamente. Pode ser repetido várias vezes.
4. O romântico
DESCRIÇÃO: ele anseia por amor quando está ausente ou não o tem, mas fica desapontado quando está perto.
EXERCÍCIO: são pessoas que têm dificuldade em manter os pés na terra Portanto, os exercícios com os pés os ajudam. Por exemplo, pise em uma bola de tênis e massageie a planta dos pés com ela enquanto tenta soltar e expandir sua respiração. Em seguida, é verificado se a qualidade do contato com o solo foi alterada.
5. O observador
DESCRIÇÃO: ele se sente desconfortável com a intensa emoção em público e valoriza muito a sua independência.
EXERCÍCIO: a proposta é deitar-se no chão e alongar muito, pouco a pouco, enquanto tomam o máximo de ar, para depois recuar para uma posição fetal, e ir lentamente expirando o ar. 
Isso os oxigena e os ajuda a desdobrar seu corpo além do usual, tomando presença.
6. O soldado
DESCRIÇÃO: leal, mas questiona o amor e a possibilidade de um futuro promissor. Teme a perda.
EXERCÍCIO: muito vigilante e com controle excessivo, faz bem a eles o mesmo exercício do Eneatipo 3, mas na companhia de alguém amigável que lhes gentilmente seguram a cabeça e giram lentamente. É um exercício difícil, mas, finalmente, muito relaxante e excitante para este Eneatipo.
7. O epicurista
DESCRIÇÃO: anseia por uma vida fabulosa. Ele se sente atraído pelo prazer e vive o amor como uma aventura.
EXERCÍCIO: ajuda-os um exercício que combina atenção e respiração. Sentado em postura de meditação, de frente para uma vela, a uma distância de aproximadamente 40 cm, respira-se devagar  por dez minutos, de forma que a chama se mova. Evitar se evadir mentalmente e manter cabeça e coluna alinhadas.
8. O chefe
DESCRIÇÃO: expressa amor através da proteção e poder. É intenso e evita depender do outro.
EXERCÍCIO: essas pessoas acham difícil treinar habilidades motoras sutis e finas. Proponho um exercício com um balão: você deve inflá-lo e movimentar-se pela sala sem tocá-lo com as mãos e sem cair. Se cair, nada acontece, apenas comece de novo. Quando se soltar mais, pode ser feito com música.
9. O mediador
DESCRIÇÃO: É mais fácil para ele saber o que você não quer do que ele quer, já que ele teme o conflito.
EXERCÍCIO: Este Eneatipo se assemelha ao 5 em tudo relacionado ao seu excessivo controle emocional. O exercício básico é o mesmo, mas neste caso recomendo fazê-lo na companhia de alguém que se ponha alguma resistência ou obstáculo aos movimentos corporais de contração e expansão.
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Os efeitos do medo no corpo https://minasi.com.br/os-efeitos-do-medo-no-corpo/ Wed, 27 Jun 2018 20:45:57 +0000 http://minasi.com.br/2018/06/os-efeitos-do-medo-no-corpo/ É verdade que todos conhecemos a emoção do medo. Muitas vezes a conhecemos de muito perto ou outras apenas na mente. Mas o que acontece em nosso corpo que dispara emoções fortes de defesa?

Há evidência direta de que a circulação cerebral, na área motora, aumenta instantaneamente quando o indivíduo tem a intenção de começar a mover-se. Quase que ao mesmo tempo começa a aceleração cardíaca e respiratória.
Quando a ação, em vez de decidida por deliberação, é decidida porque o momento exige, “de emergência”, a preparação é mais ampla: o cérebro, ativado pela situação de alarme, provoca em poucos instantes uma descarga de adrenalina no sangue, e é esta substância que faz a preparação para o encontro: taquicardia, respiração acelerada, pele pálida, hipertonia (preparação) muscular, hiperglicemia e contração do baço (o que injeta mais meio litro de sangue na circulação) são algumas das principais variações biológicas produzidas pela adrenalina. Estas modificações ocorrem quase que instantaneamente nas situações de emergência e é importante assinalar que elas demoram dez, quinze ou vinte minutos para desaparecerem (é o tempo de inativação da adrenalina circulante).

Portanto, quando se leva um susto forte, ou quando se passa por muito medo, não adianta muito querer tranquilizar as pessoas logo depois. O melhor jeito de tranqüilizar pessoas muito agitadas por um susto seria convidá-las a correr desabafadamente durante uns poucos minutos. Assim elas consumiriam a preparação orgânica que se fez nelas, antecipando o ataque ou a fuga.

Se considerarmos todas as variações assinaladas nas funções cardiorrespiratórias, as velocidades e volumes e pressões, veremos como o aparelho cardiorrespiratório é poderoso, sensível, veloz e versátil. É o “aparelho da emoção”.

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Maya, a Ilusão do Eu https://minasi.com.br/maya-a-ilusao-do-eu/ Sat, 24 Feb 2018 18:18:35 +0000 http://minasi.com.br/?p=1175

“Maya, a Ilusão do Eu” é a primeira parte de uma série de filmes que exploram Samadhi. Samadhi é uma antiga palavra sânscrita que se refere a união mística ou transcendente que está na raiz de toda espiritualidade e autoconhecimento. A experiência do Samadhi, que corresponde a um estado transcendente de consciência, somente é possível por experiência direta desse estado de consciência. Por isso, esse filme não tem a intenção de fornecer informações para sua mente, mas sim inspirar você a descobrir diretamente sua verdadeira natureza, seu verdadeiro Ser.

A chave para alcançar Samadhi passa por dentro de nós mesmos, como uma chave dupla que abre de fora pra dentro e de dentro para fora.

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