Corporal https://minasi.com.br Alcançando a integralidade através de terapia holística. Transforme sua vida através de aconselhamento personalizado e treinamento motivacional. Thu, 27 Mar 2025 19:53:20 +0000 pt-BR hourly 1 https://i0.wp.com/minasi.com.br/wp-content/uploads/2024/09/cropped-MeuEuMelhor.png?fit=32%2C32&ssl=1 Corporal https://minasi.com.br 32 32 103183256 O corpo fala tanto quanto as palavras https://minasi.com.br/o-corpo-fala-tanto-quanto-as-palavras/ https://minasi.com.br/o-corpo-fala-tanto-quanto-as-palavras/#respond Thu, 27 Mar 2025 19:53:17 +0000 https://minasi.com.br/?p=3336

A psicologia corporal e as couraças musculares são conceitos fascinantes que exploram a conexão profunda entre o corpo e a mente. Originados dos estudos de Wilhelm Reich, esses conceitos sugerem que as tensões musculares crônicas podem ser reflexos de traumas psicológicos e bloqueios emocionais. Reich propôs que existem sete segmentos de couraça, cada um correspondendo a diferentes aspectos da psique e do comportamento humano.

Os sete segmentos de couraça, conforme descritos por Reich e outros estudiosos como Frederico Navarro, são: ocular, oral, cervical, torácico, diafragmático, abdominal e pélvico. Cada segmento está associado a certos traços de caráter e bloqueios energéticos que podem influenciar a maneira como uma pessoa interage com o mundo e processa suas emoções.

Por exemplo, um bloqueio no segmento ocular pode afetar a percepção e interpretação que uma pessoa tem do mundo e de si mesma. Já um bloqueio no segmento oral pode influenciar aspectos depressivos relacionados à dependência e independência. Esses bloqueios são vistos como couraças musculares que o ego desenvolve para lidar com conflitos internos e externos.

A terapia reichiana busca liberar essas tensões e promover um fluxo de energia mais saudável através de técnicas como respiração, movimento corporal e expressão emocional. O objetivo é alcançar um estado de bem-estar e saúde mental, permitindo que a pessoa se autorregule e amadureça emocional e psicologicamente.

A flexibilização das couraças e o amadurecimento do caráter são processos que podem levar a uma maior liberdade e autenticidade na expressão de sentimentos e na condução da vida. A psicologia corporal oferece uma perspectiva única sobre como nossos corpos refletem e influenciam nossa experiência interna, e como podemos trabalhar para harmonizar nossa energia e caráter para uma vida mais plena e saudável.

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O orgulho como mecanismo de defesa e cisão https://minasi.com.br/o-orgulho-como-mecanismo-de-defesa-e-cisao/ https://minasi.com.br/o-orgulho-como-mecanismo-de-defesa-e-cisao/#respond Sat, 07 Dec 2024 14:16:54 +0000 https://minasi.com.br/?p=3788

Ao observar a pessoa dentro de seu ambiente natural de vida, no movimento de sua vivência, pode-se perceber muitos mecanismos inconscientes construídos desde momentos muito tenros e que têm motivações e objetivos funcionais dentro deste contexto. Neste artigo, há um olhar mais detalhado no que o Eneagrama chama de “pecado” (neste contexto, a palavra “pecado” é utilizada na forma romana, ou seja, quando se tem a intenção de acertar, mas erra o alvo; em latim, o termo é vertido por peccátu), o vício emocional do Orgulho, do traço do tipo 2. Propondo um diálogo entre a Vegetoterapia de Wilhelm Reich e o Eneagrama.

Contextualizando, o Eneagrama é um conhecimento antigo na humanidade, que propõe o conhecimento das ações, reações e motivações humanas. Além disso, é o que chamamos cotidianamente um mapa psico-espiritual de crescimento pessoal e comunitário. O Eneagrama propõe 9 fixações ou personalidades, que em última análise são formas de defesa para proteger a Essência de sua degradação nas relações humanas. Se desejar saber mais sobre o Eneagrama, siga este link.

Por outro lado, a Vegetoterapia Caracteroanalítica de Wilhelm Reich é uma abordagem da psicologia que vê a pessoa de uma forma holística e funcional, ou seja, não divide, não separa e quer enxergar os congelamentos infantis de forma dinâmica e dentro das relações interpessoais, sempre olhando para o corpo, a psiquê como forma de manifestação da energia fundamental de cada pessoal. Se quiser saber mais sobre Wilhelm Reich e a Psicologia corporal, clique aqui.

As pessoas que possuem o traço do tipo 2 no Eneagrama tem uma tendência a se importar muito mais com os outros e se colocar numa atividade onde busca sempre compensar o esquecimento de si com a ação externa, como mecanismos de cisão ou desconexão. De forma geral, são pessoas que embora tenham uma carga muito grande emocional e passe a viver a vida em função disso, tem dificuldades em entrar em contato com as próprias emoções, dar-lhe nomes e entender o mecanismo do seu funcionamento. Per si já aparece uma ambiguidade na forma em lidar com a vida. Por um lado, uma enorme carga energética no tórax, por outro, uma baixa carga no primeiro segmento, ocular no sentido da autopercepção.

Observando do ponto de vista energético tem-se usualmente uma carga elevada no segmento toráxico tornando-as pessoas com uma ação externa como forma de descarga energética. Então, todo o seu esforço de ação para outras pessoas tão somente é uma tentativa de descarga energética. Conforme veremos à frente esse excesso energético no tórax juntamente com uma certa tensão diafragmática podem produzir episódios de ansiedade, pânico. Que neste caso, tem a ver com a hiperorgonia ou excesso energético concentrado no segmento toráxico.

Acontece que entre o primeiro segmento (ocular) e o quarto segmento (toráxico) tem-se dois segmentos com muitos problemas nas pessoas com as características do tipo 2 do Eneagrama: o segmento Oral e o segmento toráxico. Pode-se afirmar, sem sombras de dúvidas que o segmento cervical tem uma função importante, que ligamos ao sentimento de Orgulho, que neste caso não é uma autoestima insuflada, mas uma resistência à livre circulação energética.

O Orgulho pode ter duas conotações e que muitas vezes podem estar presentes nas pessoas com esse traço de personalidade: Por um lado, autêntico, aquele no qual o sucesso é explicado com base no esforço despendido para determinada conquista, por outro, arrogante envolve explicar o sucesso com base em suas próprias habilidades. Nas coleções das ambiguidades do traço 2 está a sensação de se achar autossuficiente e ao mesmo tempo, sentir-se vazio.

O tórax inflado das pessoas com traço 2 tem a ver com um excesso de inspiração e uma baixa expiração respiratória, como uma dificuldade em alcançar a humildade, que é entrar em contato com a própria realidade, que é olhar a si ao invés de manter os olhos nos outros.

O trabalho da vida de uma pessoa com essas características é flexibilizar e energizar o primeiro segmento, a fim de perceber que lhe falta algo, que não está no outro. Este movimento ocular, que se denomina convergência, quando se olha para o próprio nariz e depois para o ponto a sua frente, produz o efeito psíquico da separação, de sair da simbiose de forma a poder olhar para os próprios desafios. Acontece que este movimento vai provocar um excesso de energização no primeiro segmento uma vez que para essas pessoas é mais difícil permitir o fluxo de energia através da cervical ou do pescoço. Então, é comum aparecer sensações de névoa ocular ou auditiva e seu correspondente psíquico que é a confusão ou dificuldade de saber os próximos passos em relação a si.

Concomitantemente, o trabalho de flexibilização da cervical precisa ser constante para permitir que o fluxo de energia desça. O trabalho no pescoço ou no segmento cervical é um dos mais complexos dentro da vegetoterapia, porque ele possui uma série intrincada de musculaturas estriadas e resistentes. Não foi fácil certamente para essa pessoa manter a cabeça sobre os ombros em sua infância ou liberar os conteúdos orais, como a raiva, a inveja, a injustiça. O grande medo de não ser vista ou amada pode ter contribuído para aumentar a couraça cervical. Este é um segmento em que sempre deve-se voltar no trabalho individual na Vegetoterapia Caracteroanalítica com as pessoas do traço 2 do Eneagrama.

Ao atingir um ponto onde começa a ceder a defesa do Orgulho no segmento cervical, o diafragma pode dar sinais do medo mais profundo. O medo de não existir amor ou o medo de não poder amar e ser amado. Então, o trabalho com essas pessoas acaba tomando um movimento de gangorra, libera-se nos segmentos superiores, depois nos inferiores, depois volta aos superiores e assim por diante.

No trabalho de análise verbal sempre voltando para falar sobre o esquecer de si, o excesso emocional projetado e cheio de expectativas nas relações interpessoais até atingir o medo do amor.

Ao promover o diálogo entre o Eneagrama e a Vegetoterapia Caracteroanalítica não se pretende esgotar ou ter uma solução simplista para o assunto complexo, mas ter uma visão tangencial para auxiliar os processos individuais.

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Fases do Desenvolvimento Infantil e os Traços de Caráter https://minasi.com.br/fases-do-desenvolvimento-infantil-e-os-tracos-de-carater/ https://minasi.com.br/fases-do-desenvolvimento-infantil-e-os-tracos-de-carater/#respond Wed, 08 May 2024 10:05:00 +0000 https://minasi.com.br/?p=3328

A jornada do desenvolvimento humano é fascinante e complexa, especialmente durante a infância. A psicanálise, com suas raízes profundas no trabalho de Sigmund Freud, oferece uma visão intrigante sobre as fases do desenvolvimento infantil. Paralelamente, a psicologia corporal nos apresenta uma perspectiva única sobre como nossos corpos e mentes interagem para formar traços de caráter distintos.

As Fases do Desenvolvimento Infantil na Psicanálise

Freud revolucionou a compreensão do desenvolvimento infantil ao introduzir os estágios psicossexuais: oral, anal, fálico, latência e genital[6]. Cada estágio é caracterizado por desafios e conflitos específicos que, quando navegados com sucesso, levam a uma personalidade saudável e bem ajustada. Por exemplo, o estágio oral foca na experiência e gratificação através da boca, enquanto o estágio anal lida com questões de controle e independência.

Donald W. Winnicott, um pediatra e psicanalista inglês, expandiu essa visão ao enfatizar a importância da relação mãe-bebê e introduzir o conceito de “dependência absoluta” nos primeiros meses de vida[7]. Winnicott acreditava que a capacidade de um bebê de sentir-se onipotente, graças à resposta imediata de seus cuidadores, era crucial para o desenvolvimento saudável.

Traços de Caráter na Psicologia Corporal

A psicologia corporal, influenciada pelos trabalhos de Wilhelm Reich, Alexander Lowen e Frederico Navarro, examina como as experiências emocionais se manifestam fisicamente. Cinco traços de caráter são identificados: esquizoide, oral, psicopata, masoquista e rígido[1]. Cada traço reflete uma estratégia de adaptação desenvolvida na infância em resposta ao ambiente e às relações interpessoais.

Por exemplo, o traço esquizoide pode se desenvolver em resposta a uma desconexão emocional precoce, levando a um comportamento mais distante e isolado. O traço oral, por outro lado, pode surgir de uma necessidade de dependência emocional e busca de aprovação.

A Integração das Duas Perspectivas

A integração das fases do desenvolvimento infantil na psicanálise com os traços de caráter da psicologia corporal oferece uma visão holística do crescimento humano. Entender como os estágios iniciais da vida influenciam tanto a mente quanto o corpo é essencial para abordagens terapêuticas eficazes e para a promoção do bem-estar emocional e físico.

A psicanálise e a psicologia corporal, juntas, nos ajudam a compreender melhor as complexidades da personalidade humana e a importância das experiências da infância. Elas nos ensinam que cada indivíduo é o resultado de uma tapeçaria intrincada de influências psicológicas e físicas, tecida desde os primeiros dias de vida.

A beleza dessa jornada de desenvolvimento é que, apesar de nossos traços de caráter serem formados cedo, eles não são imutáveis. Com a consciência e o apoio adequados, podemos aprender a usar nossos traços de caráter como ferramentas para uma vida mais plena e realizada.

A psicanálise e a psicologia corporal continuam a ser campos vibrantes de estudo e prática, oferecendo insights valiosos para todos aqueles interessados no desenvolvimento humano. Eles nos convidam a olhar para dentro de nós mesmos e para os outros com empatia, compreensão e uma apreciação mais profunda da jornada da vida.

Referências:

[1]: https://luizameneghim.com/blog/tracos-de-carater/ “”
[2]: https://relacoes.umcomo.com.br/artigo/analise-corporal-entenda-os-5-tracos-de-carater-30552.html “”
[3]: https://bing.com/search?q=Tra%C3%A7os+de+car%C3%A1ter+da+psicologia+corporal “”
[4]: https://www.fundacaocasagrande.org.br/noticias/o-traco-de-carater-rigido-uma-armadura-corporal/ “”
[5]: https://www.mulher.com.br/comportamento/analise-do-carater-teoria-diz-que-tracos-do-rosto-e-corpo-explicam-seu-comportamento “”
[6]: https://psicanaliseblog.com.br/teorias-psicanaliticas-sobre-o-desenvolvimento-infantil/ “”
[7]: https://www.psicanaliseclinica.com/desenvolvimento-infantil-winnicott/ “”
[8]: https://www.gerarprosperarpsicanalise.com.br/post/psican%C3%A1lise-e-o-desenvolvimento-infantil-compreendendo-os-caminhos-da-mente “”
[9]: https://saudeinterior.org/desenvolvimento-psicossexual-fases-de-freud/ “”
[10]: https://www.psicanaliseclinica.com/tecnica-do-brincar-em-melanie-klein/ “”

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A Análise Reichiana (Psicologia Corporal) e o Eneagrama https://minasi.com.br/a-analise-reichiana-psicologia-corporal-e-o-eneagrama/ https://minasi.com.br/a-analise-reichiana-psicologia-corporal-e-o-eneagrama/#respond Fri, 26 Apr 2024 10:38:00 +0000 https://minasi.com.br/?p=3323

A Análise Reichiana (psicologia corporal) e o Eneagrama são duas abordagens fascinantes que oferecem insights profundos sobre a personalidade humana. Ambas as teorias buscam entender como os indivíduos se comportam, reagem e interagem com o mundo ao seu redor, mas cada uma delas o faz à sua maneira única.

A Análise Reichiana (psicologia corporal), por exemplo, identifica 3 Estruturas, a saber, Mimética, Limítrofe e Neurótica, que podem traços de caráter que chamamos de coberturas: Obsessivo-compulsivo, Masoquista, Histérico e Fálico[1]. Esses traços são vistos como mecanismos de defesa que se formam durante a infância e influenciam tanto a mente quanto o corpo. A ideia é que esses traços de caráter moldam nossa identidade, emoções e comportamentos, e podem se tornar armadilhas ou recursos valiosos, dependendo de como os entendemos e lidamos com eles.

Por outro lado, o Eneagrama categoriza a personalidade em nove tipos distintos, divididos em três centros de inteligência: emocional, mental e instintivo[6]. Cada tipo do eneagrama tem suas próprias motivações, medos e desejos, que influenciam a maneira como as pessoas percebem o mundo e interagem com os outros. O eneagrama não só descreve esses tipos de personalidade, mas também oferece um caminho para o crescimento pessoal e espiritual, incentivando os indivíduos a se conectarem com sua essência e a superarem as limitações impostas pelo ego.

Quando comparamos as duas teorias, podemos encontrar algumas semelhanças interessantes. Ambas reconhecem que os padrões de personalidade se formam cedo na vida e têm um impacto significativo no comportamento adulto. Além disso, tanto a psicologia corporal quanto o eneagrama sugerem que a autoconsciência e o trabalho pessoal podem levar a uma vida mais plena e satisfatória.

Olhando de mais perto, percebemos semelhanças entre o sistema de traços de caráter e a tipologia dentro do Eneagrama. Sem desejar sobrepor ou sobre-avaliar um deste, mas percebendo o que podemos agregar de um e de outro no processo do autoconhecimento e do trabalho terapêutico.

No entanto, também existem diferenças. A psicologia corporal tende a enfatizar como as experiências da infância moldam o corpo e a mente, enquanto o eneagrama se concentra mais na dinâmica do ego e na busca pela essência. Além disso, a psicologia corporal é mais focada na relação entre o corpo e os traços de caráter, enquanto o eneagrama oferece um sistema mais espiritualizado e holístico para entender a personalidade.

Em última análise, tanto a psicologia corporal quanto o eneagrama oferecem caminhos valiosos para o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal. Ao explorar as semelhanças e diferenças entre essas duas abordagens, podemos obter uma compreensão mais rica e matizada de nós mesmos e dos outros. Seja você um profissional da área ou alguém em busca de crescimento pessoal, há muito o que aprender com a psicologia corporal e o eneagrama.

Referências:
[1]: https://www.xavierserranohortelano.com/evaluacionestructural.php “”
[2]: https://www.psicanaliseclinica.com/carater/ “”
[3]: https://amenteemaravilhosa.com.br/personalidade-temperamento-e-carater/ “”
[4]: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstream/ANIMA/36178/1/TCC%20revisado_Analise%20comparativa.pdf “”
[5]: https://pt.estudyando.com/perspectiva-do-traco-teoria-e-definicao/ “”
[6]: https://br.psicologia-online.com/os-9-tipos-de-personalidade-do-eneagrama-321.html “”
[7]: https://ieneagrama.com.br/tipos/ “”
[8]: https://felipepretel.com/blog/post/eneagrama-guia-completo/ “”
[9]: https://psicologosemmanaus.com.br/eneagrama/ “”

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A Importância do Autoconhecimento para o Desenvolvimento na Psicoterapia https://minasi.com.br/a-importancia-do-autoconhecimento-para-o-desenvolvimento-na-psicoterapia/ https://minasi.com.br/a-importancia-do-autoconhecimento-para-o-desenvolvimento-na-psicoterapia/#respond Wed, 24 Apr 2024 18:19:36 +0000 https://minasi.com.br/?p=3318

O autoconhecimento é um pilar fundamental no processo de psicoterapia, tanto para o terapeuta quanto para o paciente. Para o terapeuta, a consciência de si mesmo é reconhecida como um componente crítico da prática psicoterapêutica, sendo essencial para um processo terapêutico bem-sucedido[1]. A literatura psicanalítica, em particular, vê a autoconsciência do terapeuta como um aspecto vital para o sucesso do tratamento[1].

Por outro lado, para o paciente, o autoconhecimento é um passo crucial para o desenvolvimento pessoal e a cura. A capacidade de entender suas próprias emoções, pensamentos e comportamentos é o primeiro passo para a mudança e o crescimento. A terapia oferece um espaço seguro onde os pacientes podem explorar suas experiências internas, aumentar sua autoconsciência e trabalhar em direção à autenticidade e ao bem-estar.

A autoconsciência também desempenha um papel significativo na competência multicultural do aconselhamento, onde é importante que o terapeuta esteja ciente de suas próprias questões, preconceitos, forças e fraquezas para fornecer um tratamento eficaz e ético[1]. Além disso, o desenvolvimento da autoconsciência é integrado ao treinamento em muitas abordagens de aconselhamento e psicoterapia, sendo um aspecto vital para o desenvolvimento de relacionamentos terapêuticos eficazes[3][4].

A prática da atenção plena (mindfulness) é frequentemente sugerida como uma estratégia para desenvolver a autoconsciência. Ela permite que tanto terapeutas quanto pacientes se tornem mais conscientes de seus estados internos momentâneos, o que pode ser benéfico para o processo terapêutico[1].

Em resumo, o autoconhecimento é mais do que um conceito; é uma ferramenta terapêutica poderosa que facilita a jornada de cura e crescimento na psicoterapia. Ele permite uma compreensão mais profunda do self, o que é essencial para a transformação pessoal e a eficácia terapêutica.

[1]: https://psycnet.apa.org/record/2008-04102-018 “”
[2]: https://link.springer.com/article/10.1007/s10591-021-09614-5 “”
[3]: https://books.google.com/books/about/Self_Awareness_and_Personal_Development.html?id=IfdGEAAAQBAJ “”
[4]: https://counsellingtutor.com/personal-development-in-counselling/ “”

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Posso ter ódio? https://minasi.com.br/posso-ter-odio/ https://minasi.com.br/posso-ter-odio/#respond Sat, 09 Dec 2023 14:43:50 +0000 https://minasi.com.br/?p=3210

Costumamos associar a palavra ódio à ideia de uma maldição perigosa da qual devemos fugir o mais rápido possível. Da mesma forma, muitas vezes ouvimos dizer que o ódio é tóxico para os seres humanos e que torna praticamente impossível curar as feridas da infância. Como me afasto francamente desta opinião comum, sou muitas vezes mal compreendido. Assim, todos os meus esforços para esclarecer este fenómeno e aprofundar esta noção não tiveram, até agora, grande sucesso.

Por esta razão, a quem quiser acompanhar-me nestas investigações, recomendo a leitura prévia do capítulo do meu livro, “A Origem do Ódio”, intitulado: Como o Ódio é Engendrado?

Penso também que o ódio pode envenenar um organismo, mas apenas se for inconsciente e o dirigirmos para pessoas substitutas, ou seja, para bodes expiatórios. Pois desta forma não pode ser extinto. Se odeio os trabalhadores migrantes, por exemplo, mas não consigo permitir-me ver como os meus pais me maltrataram na minha infância, deixando-me chorar durante horas e horas quando eu era apenas um bebé ou quando nunca me olharam com amor, então eu sofro de um ódio latente que pode me acompanhar por toda a vida e causar diversos transtornos psicológicos. Mas se eu souber o que meus pais me infligiram ignorantemente e puder ficar conscientemente indignado com o comportamento deles, não precisarei mais direcionar meu ódio para outros substitutos. Com o tempo, o ódio que sinto pelos meus pais pode desaparecer ou mesmo desaparecer por períodos, apenas para ser reativado com novos acontecimentos ou novas memórias. O que muda é que agora sei o que está acontecendo comigo. Conheço-me bem o suficiente para identificar os sentimentos que estou vivenciando.

Se integro meu ódio, não tenho mais necessidade de ferir ou matar ninguém, simplesmente para satisfazê-lo.

Alice Miller

Há pessoas que até demonstram gratidão aos pais por terem batido neles ou que afirmam ter esquecido há muito tempo a brutalidade ou a violência sexual que sofreram, perdoaram os seus “pecados” aos pais se tiverem o hábito de rezar, mas não são incapazes de educar seus filhos de outra forma que não seja através da violência. Todo pedófilo ostenta seu amor pelas crianças, ignorando que no fundo se vinga do que lhe fizeram quando era pequeno. Mesmo sem ter consciência de seu ódio, vive sob seu domínio.

Este ÓDIO LATENTE E TRANSFERIDO é muito perigoso e difícil de extinguir, pois não é dirigido a quem o causou, mas a um substituto. Pode durar uma vida inteira para se manifestar em diversas formas de perversão e constitui um perigo para o meio ambiente e, em certos casos, para si mesmo.

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O ódio latente pode ser transferido para outras pessoas.
Photo by Karolina Grabowska on Pexels.com

Isso é completamente diferente do ÓDIO REATIVO CONSCIENTE, que como qualquer outro sentimento desaparece quando é vivido. Se um dia, por outro lado, descobrirmos que fomos maltratados pelos nossos pais, o ódio não tardará a chegar, aparecerá apesar de nós. Como já disse, isso poderá atenuar-se com o tempo, mas o caminho será sinuoso. O quadro dos abusos sofridos na infância não aparece de uma só vez, é um longo processo durante o qual novos aspectos vão surgindo aos poucos na consciência, provocando novos ataques de ódio. Mas isso não é nada perigoso. É a consequência lógica do ocorrido e que só se torna perceptível quando se é adulto, pois a criança não teve outra escolha senão sofrer durante anos em silêncio.

Tal como o ódio reativo aos pais e o ódio latente dirigido a um bode expiatório, existe o ódio JUSTIFICADO que sentimos por uma pessoa, que nos corrói física e mentalmente e nos domina sem que nos consigamos libertar ou pelo menos acreditemos então. Enquanto estivermos sob sua dependência, ou assim acreditamos, necessariamente o odiaremos. É inconcebível que um indivíduo torturado não sinta qualquer ressentimento contra o seu algoz. Se você não permitir esse sentimento, sofrerá sintomas corporais. As biografias dos mártires cristãos testemunham a descrição de doenças terríveis, muitas vezes – caracteristicamente – de natureza dermatológica. O corpo defende-se assim da traição de si mesmo, uma vez que os “santos” tiveram que perdoar os seus algozes – mas a sua pele inflamada expôs a intensa raiva reprimida.

Se, no entanto, o interessado conseguir escapar ao poder daqueles que o dominam, não terá mais a necessidade de viver dia após dia com esse ódio. É claro que a memória do seu desamparo e dos tormentos que lhe foram infligidos pode emergir na sua memória, mas a intensidade do ódio irá desaparecer com o tempo (no livro “The Body Never Lies”, esta questão é discutida com mais detalhes).

O ódio é um sentimento forte e dinâmico, um sinal da nossa vitalidade. Por isso, se o reprimimos, pagamos com o nosso corpo. Como o ódio nos fala das nossas feridas e também de nós mesmos, dos nossos valores e do nosso tipo de sensibilidade, devemos aprender a ouvir e compreender o significado da sua mensagem. Se conseguirmos isso, não teremos mais medo. Se, por exemplo, não suportamos a hipocrisia e as mentiras, permitir-nos-emos combatê-las sempre que possível ou distanciar-nos-emos de pessoas que só acreditam em mentiras. Mas se, pelo contrário, agirmos com indiferença, traímo-nos a nós mesmos. Uma traição encorajada pela exigência quase geral, embora destrutiva, de perdão. 

Contudo, está amplamente demonstrado que nem as orações nem os exercícios de auto-sugestão com “pensamentos positivos” são capazes de abolir as justificadas reações vitais do corpo contra as humilhações e outras feridas precoces à integridade da criança. As horríveis doenças dos mártires mostram claramente o preço que pagaram por negarem os seus sentimentos. Não seria mais fácil perguntar quem odiamos e ver os motivos que motivam esse ódio? Então, com efeito, poderemos conviver com os sentimentos que temos como seres responsáveis, sem negá-los e ter que pagar, por essa atitude “virtuosa”, com a nossa saúde.

um garoto atravessa uma ponte segurado pela mão
A terapia integra meus sentimentos, Photo by Oleksandr P on Pexels.com

Eu ficaria desconfiado se um terapeuta me prometesse que no final da terapia (e sem dúvida graças ao perdão) meus sentimentos indesejados de raiva, fúria e ódio acabariam. O que acontecerá comigo se eu não puder mais ficar com raiva ou enfurecido com a injustiça, a fraude, a maldade ou a estupidez proferidas com arrogância? Isso não seria uma mutilação da minha vida emocional? Se a terapia realmente me ajuda, devo antes ter acesso a TODOS os meus sentimentos pelo resto da vida e acesso consciente à minha história, onde encontrarei a explicação para a intensidade das minhas reações. Uma vez conhecidas as razões, a intensidade diminuirá rapidamente sem deixar marcas dramáticas no meu corpo (ao contrário da repressão de emoções inconscientes excessivas).

A terapia adequada me ensina a compreender meus sentimentos e a não condená-los, a considerá-los como meus aliados protetores em vez de temê-los e a vê-los como inimigos que devem ser combatidos. Mesmo quando foi isso que nos ensinaram os nossos pais, professores e sacerdotes, temos que tentar abrir os olhos de uma vez por todas para ver que esta automutilação que praticaram é perigosa. Nós próprios fomos suas vítimas.

Em qualquer caso, não são os nossos sentimentos que constituem um perigo para nós mesmos e para o nosso ambiente, mas sim o fato de, por medo, nos desligarmos deles. E é esta desconexão que produz acessos de loucura homicida, ataques suicidas incompreensíveis e o facto de inúmeros tribunais nada quererem saber sobre os verdadeiros motivos de um ato criminoso, para proteger os pais do criminoso de levantarem o véu sobre sua própria história.

Alice Miller
Traduzido do francês para o espanhol por Rosa Barrio

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Infância – Relacionamentos que impactam para sempre. https://minasi.com.br/infancia-relacionamentos-que-impactam-para-sempre/ https://minasi.com.br/infancia-relacionamentos-que-impactam-para-sempre/#respond Wed, 06 Dec 2023 20:02:42 +0000 https://minasi.com.br/?p=3201

Você já se perguntou como as experiências que você teve na infância com seus pais afetam a sua personalidade de adulto? Neste post, vamos explorar como a relação com a mãe e o pai pode influenciar o desenvolvimento emocional, social e cognitivo das crianças e como isso se reflete na vida adulta.

A relação com a mãe é uma das primeiras e mais importantes fontes de afeto, segurança e aprendizagem para as crianças. A mãe é quem oferece o cuidado, o conforto e a proteção nos primeiros anos de vida, criando um vínculo afetivo que serve de base para as futuras relações. A qualidade desse vínculo pode variar de acordo com o estilo de apego que se estabelece entre a mãe e o filho. O apego seguro é aquele em que a criança se sente confiante, amada e apoiada pela mãe, podendo explorar o mundo com autonomia e curiosidade. O apego inseguro é aquele em que a criança se sente ansiosa, rejeitada ou negligenciada pela mãe, tendo dificuldades para se relacionar com os outros e consigo mesma.

A relação com o pai também é fundamental para o desenvolvimento infantil, mas de uma forma diferente da relação com a mãe. O pai é quem estimula a criança a enfrentar os desafios, a desenvolver a autoestima e a independência. O pai é quem ensina as regras, os limites e os valores sociais, ajudando a criança a se adaptar ao seu meio. A qualidade dessa relação pode variar de acordo com o grau de envolvimento, afetividade e autoridade que o pai exerce sobre o filho. Uma relação positiva é aquela em que o pai é presente, carinhoso e firme, respeitando as necessidades e as características da criança. Uma relação negativa é aquela em que o pai é ausente, indiferente ou autoritário, impondo suas expectativas e desejos sobre o filho.

As experiências infantis com a relação com a mãe e o pai podem ter uma influência duradoura na personalidade de adulto. As pessoas que tiveram um apego seguro com a mãe tendem a ser mais confiantes, sociáveis e empáticas, capazes de estabelecer relações íntimas e satisfatórias. As pessoas que tiveram um apego inseguro com a mãe tendem a ser mais inseguras, isoladas e ansiosas, podendo apresentar problemas de autoestima, depressão ou dependência emocional. As pessoas que tiveram uma relação positiva com o pai tendem a ser mais independentes, assertivas e responsáveis, capazes de enfrentar os obstáculos e alcançar seus objetivos. As pessoas que tiveram uma relação negativa com o pai tendem a ser mais dependentes, passivas ou rebeldes, podendo apresentar problemas de comportamento, agressividade ou dificuldade de aprendizagem.

É claro que essas são generalizações e que existem muitos outros fatores que podem influenciar a personalidade de adulto, como os traços genéticos, as características individuais, as experiências escolares, as amizades, os eventos traumáticos, etc. Além disso, as pessoas podem mudar ao longo da vida, superando ou modificando os padrões aprendidos na infância. No entanto, é importante reconhecer como as experiências infantis com a relação com a mãe e o pai podem ter um impacto significativo na forma como nos vemos e nos relacionamos com os outros.

E você? Como foi a sua relação com os seus pais na infância? Como você acha que isso afeta a sua personalidade de adulto? Compartilhe conosco nos comentários!

Bibliografia:

  • Volpi & Volpi – Crescer é uma Aventura
  • Reichert, Evânia – Infância, a idade sagrada
  • Reich, Wilhelm – Análise do Caráter
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Para sair da caverna https://minasi.com.br/para-sair-da-caverna/ https://minasi.com.br/para-sair-da-caverna/#respond Tue, 24 Oct 2023 18:40:47 +0000 https://minasi.com.br/?p=3182

Eu fui um dos prisioneiros da caverna de Platão. Desde que nasci, vivi acorrentado a uma parede, olhando para as sombras projetadas por uma fogueira. Essas sombras eram tudo o que conhecia do mundo, e acreditava que elas eram a realidade. Os sons que ecoavam na caverna eram as vozes dos seres que habitavam esse mundo de sombras, e eu os imitava sem saber o que significam.

Um dia, um dos meus companheiros conseguiu se libertar das correntes e saiu da caverna. Ele voltou depois de algum tempo, com os olhos ofuscados pela luz. Ele me contou que fora ao mundo exterior, e que lá viu coisas maravilhosas: o sol, as estrelas, as árvores, os animais, as cores. Ele me disse que as sombras que vemos na caverna são apenas cópias imperfeitas dessas coisas reais, e que os sons que ouvimos são apenas ecos distorcidos das suas vozes. Ele me disse que eu deveria segui-lo, e sair da caverna também.

shadow of a person

Eu fiquei assustado com o que ele me disse. Eu não conseguia acreditar que tudo o que eu conhecia era falso, e que havia um mundo muito mais belo e verdadeiro lá fora. Eu achei que ele estava louco, e que a luz tinha lhe feito mal. Eu preferi ficar na minha zona de conforto, na minha ilusão familiar. Eu não quis arriscar a minha segurança, a minha tranquilidade, a minha identidade.

Mas ele não desistiu de mim. Ele voltou a me visitar, e me trouxe presentes do mundo exterior: uma flor, uma pedra, um espelho. Ele me mostrou como essas coisas eram diferentes das sombras, como elas tinham forma, textura, aroma, reflexo. Ele me mostrou como elas eram mais bonitas e mais interessantes do que as sombras. Ele me mostrou como elas eram mais reais.

Ele também me falou sobre si mesmo. Ele me contou como ele se sentia diferente depois de sair da caverna. Ele me contou como ele se sentia mais livre, mais feliz, mais sábio. Ele me contou como ele se sentia mais ele mesmo. Ele me contou como ele se conhecia melhor.

photo of man sitting on a cave

Ele me fez pensar sobre mim mesmo. Ele me fez questionar as minhas crenças, os meus valores, os meus preconceitos. Ele me fez duvidar das minhas certezas, das minhas opiniões, dos meus costumes. Ele me fez ver as minhas limitações, as minhas ignorâncias, as minhas ilusões.

Ele me fez querer sair da caverna.

Ele me ajudou a romper as correntes que me prendiam à parede. Ele me guiou pelo caminho escuro e íngreme que levava à saída da caverna. Ele me protegeu dos perigos e das tentações que surgiam pelo caminho. Ele me encorajou a seguir em frente, mesmo quando eu sentia medo, dor ou cansaço.

Ele me levou até o mundo exterior.

Eu fiquei deslumbrado com o que vi. Eu fiquei maravilhado com a beleza e a diversidade das coisas reais. Eu fiquei fascinado com o conhecimento e a compreensão que elas me proporcionavam. Eu fiquei grato pela oportunidade e pela responsabilidade de viver nesse mundo.

Eu também fiquei surpreso com o que senti. Eu fiquei orgulhoso da minha coragem e do meu esforço. Eu fiquei satisfeito com o meu crescimento e com a minha transformação. Eu fiquei feliz com a minha liberdade e com a minha felicidade.

Eu fiquei contente comigo mesmo.

Eu me conheci melhor.

Eu saí da caverna de Platão.

E você? Você quer sair da caverna também? 😊

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Exercícios de respiração profunda https://minasi.com.br/exercicios-de-respiracao-profunda/ https://minasi.com.br/exercicios-de-respiracao-profunda/#respond Wed, 06 Sep 2023 14:28:35 +0000 https://minasi.com.br/?p=3148

Os efeitos da respiração profunda são tão variados como benéficos. O sangue se purifica, a aparência melhora e ajuda-nos a assimilação adequada de alimentos quando respiramos corretamente.

Há alguns exercícios valiosos que melhoram a postura, promovem a saúde dos órgãos internos e estimulam hábitos de respiração correta. Você pode querer acrescentá-los à sua rotina diária.

Vamos colocar em prática?

Primeira etapa

  • Deite-se no chão, de costas.
  • Coloque a mão direita no seu diafragma.
  • Inspire lenta e profundamente.
  • À medida que inspira, seu diafragma e a parede abdominal devem se elevar em direção ao teto.
  • À medida que expira, a área sob a sua mão deve voltar à posição normal.
  • Então, contraia os músculos abdominais, puxe-os para dentro e, ao mesmo tempo, achate as costas contra o chão, aumentando a área de contato de suas costas com o chão o máximo possível.
  • Continue por uns 3 a 5 minutos repetindo isso.

Segunda etapa

  • Permaneça deitado no chão, de costas.
  • Inspire profundamente e dobre os joelhos, colocando a sola dos pés em contato com o chão.
  • Comece a inspiração no diafragma, de modo que sinta as costelas se abrindo lateralmente.
    Mas não levante a parte de cima do peito.
  • Expire levando seus músculos abdominais para dentro e para cima, mas não deixe as costelas se soltarem.
  • Inspire novamente e expire.
  • Agora, faça uma série de pequenas inspirações, uma logo depois da outra. Como se bebesse água aos golinhos.
  • Expire em uma série de pequenas expirações, contraindo os músculos abdominais em rápidas expirações.
  • Complete expirando completamente e soltando a caixa torácica.

Dicas:

  • Procure “sensar”, ou seja, entrar em contato com a sensação e não com o pensamento
  • Conecte-se com seu corpo, entenda seus limites.
  • Procure respirar e não “fazer o exercício”
  • O contato consigo é melhor que a perfeição
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Molduras para pessoas – traços de caráter https://minasi.com.br/molduras-para-pessoas-tracos-de-carater/ https://minasi.com.br/molduras-para-pessoas-tracos-de-carater/#respond Fri, 11 Aug 2023 12:34:58 +0000 https://minasi.com.br/?p=3136

As manifestações individuais presentes no coletivo muitas vezes nos deixam perplexos. Como uma pessoa pode agir ou reagir desta ou daquela forma? O que acontece para que seja assim? Como podemos melhorar interna e externamente, tornando o ambiente mais fluido e menos burocrático ou agressivo?

A resposta está em nosso desenvolvimento mais primitivo, em nossa infância.

Os traços de caráter são marcas e soluções que conseguimos implementar em nossa infância, para lidar com a dor da castração à nossa potência ou ausência do amor. Eles são como as guias que colocamos em nosso cão de estimação para que ele faça o que desejamos ou nos obedeça. De certa forma, na infância, como nossos genitores não conseguiram lidar com a energia livre da criança, dando contornos seguros para que ela pudesse se desenvolver de forma livre, desenvolvendo uma moral natural através da ética, acabam por nos colocar essas “guias” que Wilhelm Reich chamou de couraças musculares de caráter.

cachorro sendo segurado pela guia
O traço de caráter é uma contenção de nossa energia

Então, tanto o aspecto comportamental, sentimental e de pensamento coincidem com as couraças musculares no sentido de conduzir a criança à submissão. Esse congelamento da energia imposto pelos pais produzem na criança acomodações físicas e psíquicas para que o sofrimento seja menor. Isto ocorre no amadurecimento do aparato muscular, cada fase ligada ao segmento que está energeticamente sendo aprontado.

Isto, coloca a criança diretamente ligada ao seu corpo e sujeita à sua relação com as figuras materna e paterna. Aqui não falamos de trauma mas de um treinamento constante, diário, de submissão insistente, de forma a moldar corpo e psique. Cada fase deste desenvolvimento vai liberar ou constranger energia e ação.

Com o passar dos anos esta forma de moldar corpo e psique se torna permanente formando o traço do caráter que acompanhará a pessoa por toda a sua vida. Isto é como uma escala que se movimenta: podendo ser momentos de maior ou menor intensidade na manifestação da couraça do caráter.

Com os traços de caráter aprendemos a nos socializar

Podemos citar os principais traços:

Compulsivo – se fixando até aproximadamente 4 anos

Masoquista – se fixando até aproximadamente 4 anos

Fálico – se fixando até aproximadamente na adolescencia

Histérico – se fixando até aproximadamente na adolescencia

Cada um desses traços de estrutura neurótica pode ser misturado entre si e tomar uma intensidade, com um ou outro se tornando mais presente, dependendo de como a criança se sentiu em cada fase do seu desenvolvimento, em relação à pressão que sofria para se adequar ao sistema da família e à sociedade.

Estes traços podem se manifestar em uma estrutura neurótica ou uma cobertura para uma estrutura limítrofe, onde a base dos problemas está num momento mais primitivo do desenvolvimento infantil, onde o aparato muscular não tinha capacidade de suportar a carga de adaptação necessária.

Estas estruturas pressupõem formas de relação com as figuras de autoridade a partir da experiência com as figuras materna e paterna, produzindo adesões ou rompimentos quando se alcança a idade adulta. Refletindo nas relações suas experiências de adaptação.

Todo este processo é inconsciente, ou seja não há participação da vontade e decisão, mas como o próprio Reich o definiu, uma reação do corpo, que é o próprio inconsciente frente à pressão para se ajustar. Então, podemos dizer que mesmo as reações adultas são inconscientes ou comandadas por esta instância.

Estes traços vão marcar a forma como o individuo vai se relacionar nas relações mais íntimas, familiares e também na sua interação social, dentro do mundo do trabalho e sociedade. Isto vai constituir uma personalidade ou um jeito de funcionar externamente que de certa forma, estará tentando evitar aquela pressão e angústia enfrentada na sua infância, dentro do sistema familiar. Toda a sua busca será por nunca entrar neste conflito, que para o inconsciente tem perigo de sofrimento e morte.

Dentro do ambiente de trabalho, pode se submeter às pessoas, tentando não mostrar raiva ou qualquer atitude que resguarde seu campo. Tal submissão pode demonstrar uma polidez externa, que cobre um ódio e raiva enorme interior. Sorrisos, cooperação, aceitações incondicionais, pouca ou nenhuma manifestação de seus desejos ou pensamentos, evitação, formação de grupos de resistência, liderança democrática, onde não é aplicável, etc…

De outro lado está a raiva exposta, imposição de suas vontades, conflitos abertos e sem solução, vinganças, lideranças ditatoriais, onde não é aplicável, exigências absurdas de produtividade, utilização de imagem pessoal como opressão do outro, etc…

E ainda resta a sedução, os jogos dúbios, os convencimentos elogiosos falsos, a malemolência, etc…

São todas manifestações dos traços de caráter diante de sistemas de relações no trabalho e na sociedade.

A forma de sair destes comportamentos e condicionados é movimentar a couraça, sair do congelamento que ainda funciona sobre a pessoa, assumindo riscos em enfrentar a sua dor interior para que também o grupo se beneficie de seu movimento. A couraça corporal de caráter é um congelamento evitativo da dor, quanto mais se movimenta e flexibiliza, mais energia e movimento se ganha o individuo e a comunidade.

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