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Controlando as emoções no pescoço
7 de março de 2018
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Um dos segmentos mais difíceis para um completo desbloqueio energético é o Cervical. Nele encontramos o pescoço, que é a sede do Narcisismo primário. Geralmente, não damos muita importância ao pescoço, a não ser quando temos torcicolo ou como se diz popularmente “um mal jeito”.

No entanto, neste segmento está a primeira divisão psicossomática do indivíduo (a segunda é a difragmática), onde separamos o que pensamos daquilo que sentimos, separando cabeça do corpo.

Anatomicamente falando, todos temos a mesma espessura no pescoço, mas na realidade acabamos por forçar muscularmentpescoco_criancae este segmento tornando-o ou fino demais ou grosso demais. Para isso, vai depender do nosso processo de desenvolvimento psicologico durante a infância.

No desenvolvimento infantil, geralmente aprendemos a usar o pescoço como um elemento de controle, quando precisamos aparentar que somos maiores, esticamos o pescoço; quando nos sentimos inferiores, afundamos o pescoço aparentando humildade; quando precisamos dar conta de coisas que parecem maiores que nós mesmos, engrossamos o pescoço, endurecemos, tencionamos. Assim, o corpo vai aprendendo, junto com a psique a lidar com situações vivenciais que não pudemos ou não soubemos como resolver. O problema é quando essa situação se prolonga ou quando sentimos que ela se repete, por exemplo, uma criança que vive em um lar onde recebe humilhações constantes, certamente vai descobrir no pescoço um recurso de controle da situação, que pode ser endurecido ou afundado, dependendo do caráter em desenvolvimento.

pescocolateralNo segmento cervical temos outros órgãos importantes, que também são afetados por este comportamento controlador: laringe, faringe, amígdalas, tireóide e paratireoide e músculos importantes. Aqui encontramos a defesa primária quando “temos que engolir” situações à força, então o desenvolvimento da psique de controle vai passar pelo pescoço.

Como adultos acabamos por continuar agindo da forma que a criança aprendeu a lidar com o mundo através de seu corpo. Ao nos fixarmos exageradamente no pescoço, podemos desenvolver um traço de caráter narcisista, que vai sempre mascarar nossas relações com o mundo e com os outros, numa forma de controle externo daquilo que não consegui lidar internamente.

Segundo Frederico Navarro, na vegetoterapia caracteroanalítica o trabalho com o pescoço libera os segmentos seguintes, principalmente o torácico, para um desbloqueio. A Bioenergética também oferece recursos para o trabalho no segmento cervical, quando notamos o exagero do controle ou mesmo quando não conseguimos controlar nada.

Dentro dos ensinamentos do Eneagrama podemos encontrar diversos tipos psicológicos que estando diretamente ligados ao pescoço e ao controle, começando pelo Eneatipo 2, cuja paixão é o Orgulho. Um recurso onde as pessoas deste tipo vão se distanciar do segmento torácico, do peito, onde está o nosso Self. O Eneatipo 1, onde o controle é muito importante, de forma a tornar às vezes crônico, tanto o pescoço quanto o segmento oral, usando os dois como um filtro para a raiva. No Eneatipo 8 temos um engrossamento muscular do segmento cervical, que serve para aumentar o seu poder e dar suporte ao segmento Oral, que é muito exigido por conta da liberação da Raiva.

Na verdade, todos os Eneatipos vão apresentar um problema ou outro neste segmento, tornando-o um dos mais importantes elementos de cisão no corpo e nos afetos.

Um bom exercício para o pescoço é deitar-se numa superfície segura, onde se apoie bem as costas e a lombar; dobrar as pernas; e lentamente movimentar a cabeça para o lado direito e para o lado esquerdo, focando mentalmente nas situações e emoções que tanto se desejar controlar no dia-a-dia.

Fale com o seu terapeuta sobre como você utiliza o segmento cervical, o pescoço, como forma de controle da realidade e das emoções.

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